Diretores da usina conheceram a equipe técnica do projeto Opaná: Chão Indígena
Mais de 900 famílias de 32 comunidades indígenas Avá Guarani e Guarani Mbya do Oeste e litoral do Paraná poderão contar com o apoio de uma equipe especializada para garantir sua sustentabilidade ambiental e alimentar. É o projeto Opaná: Chão Indígena, iniciativa da Fundação Luterana de Diaconia (FLD), por meio do Programa CAPA, que conta com o apoio da Itaipu Binacional.
Recentemente, diretores da Itaipu conheceram os profissionais do projeto na sede do Programa CAPA, em Marechal Cândido Rondon. Enio Verri, diretor-geral brasileiro, André Pepitone, diretor financeiro executivo, e Carlos Carboni, diretor de Coordenação, conheceram um pouco da história e trajetória das pessoas que compõem a equipe técnica do projeto.
São zootecnistas, agrônomos(as), agroecólogos(as), engenheiro ambiental, bióloga, engenheira em aquicultura, educadoras, assistente social, cientista social, administradoras e jornalistas que vieram de todas as regiões do Brasil.
Enio Verri demonstrou a intenção da Itaipu em apoiar políticas públicas de reparação ao povo Guarani da região Oeste do Paraná, que foi impactado pela formação do lago da barragem, nos anos 1980. Para Verri, esta é uma ação muito importante para garantir dignidade para as comunidades originárias. “O projeto Opaná: Chão Indígena está totalmente alinhado à missão da atual gestão da Itaipu”, afirmou.
“Nós sabemos que, quando da construção do reservatório, muitas comunidades foram atingidas. Ainda há dívidas a serem pagas, e nós queremos trabalhar fortemente para isso. Não tenho certeza se a nossa gestão terá tempo suficiente para atender tudo aquilo que eles merecem, mas faremos o possível para que o máximo seja alcançado”, concluiu Verri.
No encontro, o coordenador geral do Opaná, Jhony Luchmann, apresentou as diretrizes e as estruturas física e humana do projeto. A proposta é envolver as comunidades com um trabalho coletivo de planejamento para a produção agroecológica, com foco na segurança alimentar, acesso à água e saneamento ecológico, educação antirracista para as pessoas não indígenas e fortalecimento cultural do povo Guarani.
Para Jhony, “o projeto é pensado em uma perspectiva de colocar o protagonismo e a tomada de decisão nas mãos da própria comunidade, a partir de suas necessidades e demandas, garantindo assim o caráter participativo e coletivo do Opaná”.
Parceria
Para o diretor de Coordenação da Itaipu, Carlos Carboni, a parceria com a FLD-CAPA é um indicativo de acerto na execução das políticas públicas que a usina busca para a atual gestão. “Nós saímos de um processo de praticamente extermínio para um reconhecimento da cultura, da importância dos povos indígenas. Essa parceria é um investimento para melhorar a vida das pessoas, das comunidades indígenas, para que a gente não tenha mais suicídios, para que a gente não tenha pessoas passando fome”, disse.
Para André Pepitone, diretor financeiro executivo da Itaipu, o apoio ao projeto Opaná é a confirmação do compromisso da usina com a política socioambiental. “Essa parceria com a FLD-CAPA, que privilegia a segurança alimentar nas aldeias indígenas, é fundamental como medida da empresa para contrapor o impacto gerado para a execução desse projeto colossal que é gerar energia hidrelétrica”.
Com informações da Assessoria de Comunicação da FLD/CAPA