O evento aconteceu no dia, 21/05, no auditório da Semob Sorocaba; O objetivo do estudo é apresentar ações que transformem o potencial de integração em realidade
Em parceria com o BRT Sorocaba, o Instituto Aromeiazero através do projeto “Mais Bicicletários Sorocaba”, lançou no dia 21 de maio de 2024, o estudo “A Bicicleta e a Intermodalidade: Um estudo para Boas Práticas no BRT Sorocaba” com ações para melhoria da integração modal da bicicleta aos ônibus do sistema BRT Sorocaba, com indicações de boas práticas que se adequam também para outros municípios. O evento reuniu representantes do BRT Sorocaba e do poder público local.
Dados do último Censo 2022, dizem que Sorocaba, no interior de São Paulo, cresceu 312% em 52 anos e tem mais habitantes que sete capitais do Brasil. Esses dados acenderam o alerta sobre a oferta de transporte, infraestrutura e mobilidade na cidade com mais de 700 mil habitantes.
De acordo com uma das pesquisas feitas pelo Instituto Aromeiazero junto com o BRT Sorocaba e Cittamobi, 43,2% dos respondentes, usuários do transporte coletivo, realizam trajetos superiores a 7,5km, tendo potencial para realização de um trajeto intermodal em que uma parte é realizada por bicicleta para acesso ao BRT, otimizando o tempo de viagem. Já sobre o uso da bicicleta, 78,9% afirmaram não utilizá-la e 31,6% apontou que maior oferta de ciclovias e ciclofaixas no trajeto seria um estímulo para uso da bicicleta.
Sorocaba possui pouco mais de 125 km de infraestrutura cicloviária (ref. março/2024). Deste total, cerca de 110 km são ciclovias, 7 km ciclofaixas e 8 km ciclorrotas.
Em relação a bicicletários, o município tem uma política de estacionamento de bicicleta que contempla bicicletários com zeladoria e paraciclos em áreas públicas. Os terminais do BRT também contam com bicicletários, porém, dados da pesquisa mostram que 92,3% dos ciclistas do entorno entrevistados nunca utilizaram os bicicletários do BRT. Entre alguns fatores para a baixa utilização de bicicletários no município estão a falta de infraestrutura cicloviária, pouca comunicação sobre bicicletários e a falta de estímulo à intermodalidade, que é uma das diretrizes de melhoria que o estudo aponta.
“Queremos, através do estudo, chamar a atenção para a importância da intermodalidade e de como a criação de ações, como a melhoria da infraestrutura, a realização de campanhas de comunicação, de educação para mobilidade e de políticas de incentivo, são importantes não só para quem pedala, mas para um deslocamento mais sustentável em toda a cidade. Combinar serviços e encontrar soluções a partir do território é o caminho que estamos ajudando a traçar”, comenta Heloisa Ribeiro, coordenadora do projeto “Mais Bicicletários”.
O estudo tem parceria com o BRT Sorocaba e é um dos projetos da iniciativa “Mais Bicicletários”, realizada pela ONG desde 2021 com objetivo de promover bicicletários próximos a estações de alta capacidade (trem, metrô, monotrilho, terminais de ônibus urbanos) em áreas com altos índices de vulnerabilidade, para a promoção do uso da bicicleta e da intermodalidade nesses territórios.
“Para o BRT Sorocaba é uma imensa satisfação realizar boas práticas que conscientizem o uso do transporte coletivo integrado a outros modais. A mobilidade urbana é movimento e quanto mais propiciarmos que se desenvolva, todos saem ganhando, em especial, o meio ambiente. Se temos mais pessoas utilizando o ônibus e a bicicleta, conseguimos reduzir o número de carros nas ruas e contribuir para a diminuição da emissão de poluentes na atmosfera. Queremos o futuro das cidades com mais qualidade de vida e bem-estar”, destaca Renato Andere, presidente do BRT Sorocaba.
Para ver o estudo completo, basta acessar: www.aromeiazero.org.br/maisbicicletarios.
Sobre o Aromeiazero
O Instituto Aromeiazero é uma organização sem fins lucrativos que utiliza a bicicleta para reduzir as desigualdades sociais e contribuir para tornar as cidades mais resilientes. O Aromeiazero conta com o patrocínio institucional do Itaú Unibanco, além de leis de incentivo, sendo grande parte das ações em periferias e comunidades vulneráveis. Desde 2011, as iniciativas do Aro promovem uma visão integral da bicicleta, potencializando expressões culturais e artísticas, geração de renda e hábitos de vida saudáveis.
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