A tecnologia pode mudar a oferta de serviços no mercado imobiliário. Isso é realidade. Desde a chegada da internet, na década de 90, nunca mais o consumo, os negócios, as pessoas e o estilo de morar foram os mesmos. O ambiente cosmopolita ganhou novos ares e a conectividade entre equipamentos virou fator primordial desde então.
A tecnologia desembarcou na casa das pessoas e, a partir dos ambientes totalmente desconectados, com poucas tomadas e raros equipamentos eletrônicos – no máximo uma televisão, um aparelho de som e um videocassete, ela ativou a necessidade individual de se conectar na tão propagada aldeia global. A internet encurtou distancias e apagou fronteiras.
Mas o advento da tecnologia transformou também o jeito das empresas encararem os produtos, e, com isso, novas necessidades surgiram. A partir delas, startups começaram a buscar a simplificação de necessidades. Diante disso, as formas de viver em casa e de se relacionar com o entorno ganhou destaque. A conectividade passou a fazer parte do vocabulário diário e as pessoas começaram a buscar dispositivos – ou gadgets – para interagirem dali em diante. Empresas iniciaram um movimento para mudar ou transformar suas formas de produção, e aplicar a tecnologia na oferta de produtos e serviços ofertados. A indústria da construção civil passou a também dar seus passos e a tecnologia começou a povoar projetos de morar. Transformar o modo de vida das pessoas se tornou o maior desafio e hoje o morar é um dos itens das construtoras que experimentam uma nova fase o do viver como um serviço.
Isso é mais que discurso de corretor em estandes de vendas – faz parte dos novos fundamentos que norteiam a reflexão de um projeto. Hoje, uma unidade não é apenas uma simples unidade: é um plug de serviços que pode ser acionado no toque do aplicativo no celular.
A conexão chegou ao mercado de construção e trouxe comodidades aos moradores. Comodidades que nossa imaginação permitia existir somente em filmes, mas que hoje faz parte da realidade, como, por exemplo, o ligar e desligar aparelhos, não importa quão distante o morador esteja de sua casa. Acender ou apagar as luzes com o som da sua voz. Assistir e ouvir tudo o que acontece em todos os ambientes de casa pelo celular. Comandar dispositivos com infravermelho com um único controle pelo smartphone. Tudo isso é possível ser feito a partir da tecnologia, e toda evolução que ela possibilita.
Estamos assistindo a uma transformação e ao surgimento das casas inteligentes. E para avançar ainda mais, estamos sendo os precursores de um estilo de morar cada vez mais inteligente, com a tecnologia sendo protagonista de ações do dia a dia que não só permitem comandar o funcionamento da casa, mas sim da nossa vida dentro dela. Nos últimos anos, o mercado imobiliário tem pensado nesse assunto de um jeito especial. E algumas incorporadoras estão investindo e se dedicando ao desenvolvimento de serviços e soluções que tem a tecnologia como base para tornar o morar cada vez mais uma experiência bem-sucedida e acima das expectativas, e que proporciona ao morador uma melhor administração do cotidiano. O tempo é um ativo valioso para as pessoas e, hoje ele tem total ligação com a experiência de morar.
Com a rotina cada vez mais corrida, as pessoas querem facilidades para resolver tarefas simples do dia a dia. Receber uma encomenda com segurança e comodidade, uma visita, alugar uma bicicleta ou um carro, fazer pequenas compras de alimentos e bebidas, entre outros serviços. Tarefas que tomam horas do dia das pessoas e que hoje a tecnologia pode resolver a partir do acionamento de um aplicativo que está na ponta dos dedos.
E tudo começa com a seguinte pergunta: como eu posso ajudar o morador a ter a melhor experiência? A incorporadora SKR criou um departamento multidisciplinar que envolve um núcleo de tecnologia e inovação para melhorar a experiência de viver e morar. Uma junção de profissionais que tem como desafio buscar soluções por meio da inovação aberta. Ou seja, buscar inspiração para trazer desenvolvimento e conexão tanto para o morador que habitará os projetos da construtora quanto para o entorno do empreendimento. A regra é refletir sobre as novas formas de morar e os serviços que podem ser oferecidos com o auxílio da tecnologia.
A cada nova demanda que surge, o time de inovação se debruça sobre o cenário, pensa possibilidades e avança com soluções pensando sempre com o pé no futuro. Tudo é agregado. A tecnologia transforma e melhora o estilo de morar. Não há limites de idade, não há distinção de raça ou classe econômica. Ela é democrática e as empresas que trabalharem para torná-la acessível a quem quiser, estarão a um passo à frente. É um caminho sem volta.
E as construtoras vão percebendo, aos poucos, que esse movimento não significa apenas o que se consegue construir, mas é também sobre tudo que você reune e integra num ambiente para tornar a experiência de morar muito melhor.
*Carlos Castro é Head de Inovação da incorporadora SKR