Desafios e oportunidades na cadeia produtiva do mel na região do Alto Turi, na pré-Amazônia maranhense, estiveram em discussão em encontro técnico realizado pela Embrapa Cocais em parceria com o Sebrae, UEMA, Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Agerp e Banco do Nordeste, nos municípios de Governador Nunes Freire, Santa Luzia do Paruá e São Bento, nos dias 26 e 27 de março. Foi realizado um pré-diagnóstico da capacidade de produção atual, buscando meios para fortalecer a atividade que, na região, tem amplo potencial de aproveitamento. Houve participação das prefeituras municipais, representadas por suas secretarias de agricultura, e de associações de produtores.
Para a Embrapa Cocais, a iniciativa também dá continuidade a missões de prospecção que estão sendo realizadas para construção de sua visão de futuro a partir dos principais eixos estratégicos de atuação definidos (bioeconomia, inovação social e sistemas integrados). O objetivo foi conhecer o estado da arte da apicultura e da meliponicultura, seus desafios e oportunidades para o desenvolvimento do estado em sintonia com atores da cadeia produtiva – como produtores, governo e comunidade científica.
“Gestores e equipe técnica estão realizando prospecção técnica a regiões produtoras para reunir informações estratégicas que orientem tomada de decisão sobre os rumos da Unidade. Ano passado fizemos trabalho para identificar cadeias prioritárias para orientar a estratégia da Embrapa e a apicultura (produção de mel por abelhas com ferrão) e a meliponicultura (produção de mel por abelhas sem ferrão) aparecem como atividades realizadas no estado com alto potencial de produzir desenvolvimento e renda”, detalhou o chefe-geral Marcos Bomfim.
O mel produzido por abelhas sem ferrão é reconhecido por seu diferencial para alavancar mercados especializados com um valor agregado e com potencial de certificação. Já o mel produzido por abelhas com ferrão representa uma cadeia consolidada e de grande volume de produção para todo o Pais e em crescimento constante e que demanda mercados e tecnologias de produção e agroindustriais, assim como boas práticas e certificação.
Com os dados e informações, será preparada uma síntese para os públicos-alvo e construído um projeto para suporte às atividades no estado com atuação de todos os atores envolvidos – pesquisadores, setor publico, produtores e demais agentes do negócio.
“O início da apicultura e meliponicultura racional começou com iniciativas como essa, com a organização e integração das instituições. Estamos trazendo uma mensagem nova, a mensagem da oportunidade, por meio dessa discussão, buscando entender os desafios enfrentados atualmente pelos produtores. A intenção é melhorar a vida dos apicultores e meliponicultores do Maranhão e estimular o aproveitamento sustentável dessa importante cadeia econômica”, relatou o professor da UEMA, José Maurício Dias Bezerra, doutor em genética, especialista em Manejo e Conservação de Abelhas Tropicais.
Flávia Bessa (MTb 4469/DF)
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